Malas de pacientes de um manicômio são tema de ensaio fotográfico

O manicômio de Willard se manteve em funcionamento por 126 anos (1869-1995)

Em 1995, um famoso manicômio de Willard – vilarejo localizado no estado de Nova York (EUA), encerrou suas atividades. O lugar funcionava desde 1869 (a partir de 1975 como patrimônio histórico dos Estados Unidos), época em que as práticas em asilos para pessoas com problemas mentais eram rudimentares – muitas delas consideradas futuramente como cruéis e ineficientes.

A própria internação em um manicômio poderia não ter nada a ver com problemas mentais. Pessoas deprimidas, gays, negros que eram considerados “perturbadores”, ou outras pessoas que, para a manutenção das relações sociais e valores morais da época, precisavam ser mantidas longe da sociedade, eram trancadas em lugares assim. Onde, por vezes, acabariam passando boa parte da vida.

Assim que o o prédio em que funcionava o Willard Asylum for the Chronic Insane (Asilo para cronicamente insanos de Willard, em tradução livre) foi revisitado, foram encontradas centenas de malas de pacientes que passaram por lá – e que provavelmente por lá morreram. O material foi então incorporado ao acervo do Museu do Estado de Nova York, ganhando visibilidade pública.

O fotógrafo Jon Crispin, “cronicamente” interessado em temas diferentes incluindo manicômios abandonados, voltou suas atenções a essas relíquias carregadas de história. Ele então iniciou um registro fotográfico que contemplou todas as mais de 400 malas encontradas.

Veja abaixo parte do resultado do tocante trabalho de fotografia e de resgate da identidade dessas pessoas que viveram esquecidas no manicômio de Willard. Mais sobre o projeto no blog de Jon Crispin.

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