E se outras tecnologias se desenvolvessem com tanta eficiência quanto os computadores?

Há 50 anos, o engenheiro norte-americano Gordon Moore, que mais tarde foi um dos fundadores da Intel, lançou uma espécie de profecia para a então iniciante indústria dos hardwares. Segundo ele, o número de transistores – estruturas fundamentais do microprocessador e da era digital – em um chip dobraria a cada 18 meses.

Ou seja, Moore notou que poderia ter um crescimento de 100% pelo mesmo custo, e que isso ocorreria de modo exponencial. Bem, ele está mais para um visionário que para um vidente, já que sua teoria se confirmou na prática e acabou ganhando o nome de Lei de Moore – uma justa homenagem ao engenheiro.

Para efeito de comparação, levando-se em conta o primeiro microprocessador da Intel – o Intel® 4004 -, um processador moderno é extremamente compacto com 14nm, fornece 3.500 vezes mais desempenho e 90.000 vezes mais eficiência, e tudo por 1/60.000 do custo. Fica até difícil visualizar o tamanho dessa evolução vendo essas números tão distantes uns dos outros, né? Para entendermos melhor o quanto os processadores se desenvolveram, vamos supor que a Lei de Moore funcionasse também para outras tecnologias.

Se mais coisas se desenvolvessem com a eficiência de um microprocessador…

01. Você encheria o tanque do carro uma única vez na vida!
Se a eficiência no consumo de combustível dos automóveis melhorasse da mesma forma do que prevê a Lei de Moore, uma pessoa poderia facilmente dirigir um carro por toda a sua vida com um único tanque de gasolina. Se, nessa realidade paralela, você pegasse um carro novo aos 40 anos de idade, um quarto de tanque seria o suficiente!

02. Carros do tamanho de insetos!
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Com o ritmo com os quais os transistores encolheram, o seu carro seria do tamanho de uma formiga. Claro que isso não seria muito útil nesse caso, mas que seria possível, seria!

03. Prédios gigantescos e muito baratos
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Se a eficiência da Lei de Moore se aplicasse à construção civil, uma pessoa poderia comprar um arranha-céu pagando menos do que paga por um PC atual. E se os prédios crescessem no ritmo da Lei de Moore, seria fácil alcançar 35 vezes a altura do Monte Everest.

04. Um reino por uma caixa de bombons (ou ao contrário)
Imagine que o preço das casas caísse no ritmo da Lei de Moore. O que você paga hoje por um pirulito poderia ser usado na compra de um imóvel. O preço de um Kinder Ovo poderia comprar uma cidade inteira!

05. Uma passagem para a Lua, por favor!
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– Cena posteriormente colorida do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès.

Foram US$ 25 bilhões gastos no programa Apollo para levar o homem à Lua. No fabuloso ritmo de desenvolvimentos dos processadores, esse custo seria praticamente o mesmo de um pequeno avião.

06.Vou ali na Lua e já volto!
Falando em viagem à Lua. Em 1969 os astronautas demoraram 3 dias para chegarem ao satélite natural da Terra. Se a Lei de Moore fosse aplicada à viagem espacial, seria possível partir daqui e chegar à Lua em coisa de um minuto.

07. Aqui na Terra, não haveriam distâncias
Se a evolução prevista na Lei de Moore recaísse também para as viagens aéreas, as distâncias seriam algo desprezíveis. Em segundos chegaríamos a pontos opostos do planeta! Nada de filme, lanchinho ou cochilo durante o voo!

08. O celular seria o celular mesmo, mas imagine o contrário…
[Crédito: daryl_mitchell | Creative Commons] [Crédito: daryl_mitchell | Creative Commons]

Um telefone Android com processador Intel, que se beneficiou da lei de Moore, se fosse construído com a tecnologia de 1971, apenas o microprocessador do aparelho ocuparia a vaga de um carro. E nada de encher o tanque uma única vez na vida! 😛

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One comment

  • rsrs. Se os carros fossem iguais aos computadores, dependendo da versão do motor, você poderia estar a 180km/h, querer virar à esquerda e receber um aviso: "Você tem certeza de que quer virar à esquerda?" ou "Você quis dizer ´direita´". hehe.

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